Bah!! Lembra daquele grupo que fez sucesso anos 90, os New Kids On The Block? Ou da novela Carrossel, da professora Helena? Faz tempo não é! Onde procurar, onde pesquisar? No YouTube tem. Pois algum usuário publicou neste site. Criado em fevereiro de 2005, por três pioneiros do Pay Pal, o YouTube virou febre entre os internáutas. Pois é um site que permite que seus usuários carreguem, assistam e compartilhem vídeos em formato digital. Em março de 2006, cerca de vinte mil novos vídeos foram carregados no YouTube diariamente. As visualizações diárias são estimadas na casa dos milhões, já que cerca de trinta milhões de vídeos são vistos todos os dias. As pessoas vão passando umas para as outras. Com isso, o site tornou-se um sucesso.
A revista americana Time (edição de 13 de novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor invenção do ano por, entre outros motivos, criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista.
Para Daniel Oliveira, 25 anos, o site é uma forma de diversão. Assistir vídeos engraçados e de música não seria possivel sem o YouTube.
Tiago Lopes, trabalha na Unisinos e utiliza o site para auxiliar nas suas aulas…
Assim como existem pessoas que usam o site como uma diversão, também tem aquelas que utilizam como ferramenta de trabalho. Como é o caso da professora Nísia Rosário, que na disciplina de Audiovisual e Tecnologias (nova disciplina inserida no atual currículo dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda) apresenta vários vídeos aos alunos durante suas aulas. Segundo ela, fica praticamente impossível considerar o YouTube como material pedagógico, no sentido de proporcionar uma educação formal. Mas acredita que se pode a partir do seu conteúdo, aplicar reflexões, análises, extrair uma visão critica dos alunos. Através destes vídeos, pode-se entender aspectos do mundo contemporâneo, do uso das tecnologias.
A professora salienta sobre a questão ética, ela considera uma relação complicada, sobretudo por se tratar da internet, um meio diferente dos demais que, se por um lado, é mais democrático, parece haver uma limitação na responsabilidade e no compromisso é tico daqueles que produzem e veiculam os produtos. Até mesmo o entendimento do que é ético é muito variável e muitos tomam as leis como padrão para a ética, contudo a internet não tem leis de regulamentação de direitos autorais e esse é, legitimamente, um meio globalizado e universalizado.
“Algumas abordagens sobre a ética, do meu ponto de vista, chegam a beirar o ridículo. Por exemplo, o caso Cicarelli, em que o casal exibiu em publico sua paixão e se sentiu ofendido quando o vídeo foi veiculado na internet. Quando a vida privada (privada mesmo) é invadida, entretanto, acho que a visão tem que ser outra. Num mundo em que tudo se torna imagem, em que tudo é exposto, entendo que o limite é o exercício da privacidade. No caso da Cicarelli, uma praia não é um lugar privado.”
Existem vídeos que chocam, mas o pessoal acaba fazendo música e fica até engraçado. É caso desse vídeo ai…
Fernanda Poletto 
